segunda-feira, 16 de julho de 2012

Miriam Psychas, universitária de Havard se despede do Espaço do Rio





Eu entrei em contacto com o Espaço Criança Esperança - RJ pela primeira vez em fevereiro deste ano. Eu queria trabalhar no Rio de Janeiro durante minhas férias de verão e estava procurando uma boa organização que me aceitasse como voluntariada. Falei com o diretor do Programa dos Estudos Brasileiros na minha faculdade, e ele me recomendou que eu comunicasse com o ECE. Jairo me respondeu rapidamente e com muito ânimo, e eu fiquei bem entusiasmada para vir aqui. Falava com estudantes de Harvard que frequentaram o ECE no ano passado, e sempre me contavam historias boas com muito entusiasmo e sempre me aconselharam—“vai ser uma experiência muito legal”.

Nos meses antes de chegar, eu estava muito nervosa. Achei que meu nível de português não seria suficiente para o meu trabalho, e que os funcionários de ECE RJ ficassem bravo e desenganado comigo por isso.

Não devia pensar assim. Eu lembro quando visitei o Espaço pela primeira vez. Roberta me mostrou todo o projeto. Todos me elogiavam, “Mas você esta falando muito bem português!” Não sei se isto é só algo que todas as cariocas dizem a todos os estrangeiros, mas pelo menos me motivou a seguir falando, seguir aprendendo.

As oito semanas que passei aqui foi muito divertidas e proveitosas. Tive a oportunidade de participar em muitos eventos importantes no ECE, como a exposição para a Rio+20 e o FLUPP, e também me deram a oportunidade e independência de criar meus próprios projetos, como o Espaço da Leitura e o blog da Rio +20. Interagindo com as crianças todos os dias foi uma experiência genial para conhecer a realidade de vida delas, mas também entender que ao final, todo mundo e fundamentalmente muito similar. O que me faz rir, também te pode fazer rir, alem de que sou de um país a muitos quilômetros daqui.

Eu estou muito grata pelas relações que eu pude ter aqui. Meus colegas de trabalho aqui foram pessoas muito agradáveis e ajudantes. Nunca senti que não devia estar ou que não estava bem-vinda. Eles me ensinaram muito do espaço, da comunidade, do Rio, e do Brasil. E por isso, eu os agradeço muito. Eu sinto que, além de ficar só oito semanas que aqui, eu pude criar amizades verdadeiras, algo muito bonito, para mim é algo que, como estrangeira em um país por só dois meses, não é algo que necessariamente acontece.

E hoje, 12 de julho, eu saio deste trabalho tão formoso, e o domingo, 15.07, eu saio desta cidade tão maravilhosa e já sei que vou sentir muito falta das praias, dos morros, do samba, do forro, do jornal das 20h, do teatro e da língua portuguesa. Mas vou sentir mais falta das pessoas que conheci aqui, de todas as pessoas que trabalham no ECE, e todas as crianças que brincam aqui todos os dias. Agradeço muito a vocês por tudo o que me ensinaram, porque com cada experiência que temos, aprendemos algo e assim pelo menos, quando se vai embora, não se sente que esta deixando tudo. Vou embora, mas vou levar todo o que vocês me ensinaram, todas as lembranças, todos os sorrisos. E espero voltar um dia próximo.

Até breve!


EU@REPORTERECERJ - Miriam Psychas - 21 nos - Havard University.





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